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                   Foto  e fragmento de biografia: 
                  https://en-m-wikipedia-org 
                    
                  LUCIANO  DURAN BOGER 
                  (  Bolívia ) 
                    
                  Luciano  Durán Böger (12 de novembro de 1904 - 18 de outubro de 1996) foi um poeta,  escritor e político boliviano . Filho de Luciano Duran Pérez e Aurora Böger  Rivero,  nasceu em 1904 em Santa Ana,  capital da província de Yacuma do Departamento de Beni na Bolívia  e faleceu em 1996 na cidade de La Paz . 
                  Livro de poesia:  Geografía de la Sangre (Geografia do  sangue),  1963.  
                  *** 
                  Durán Böger foi preso pelo Governo da  Bolívia entre 1932 e 1935 devido como dirigente universitário, opôs-se  publicamente à Guerra do Chaco. Sua posição contra a guerra lhe custou  também a expulsão do Conselho Universitário e do sistema universitário  boliviano.  
                  Devido à  sua ideologia política, foi exilado da Bolívia e se estabeleceu no Peru, Chile,  Suíça, França e Espanha.  
                  Poeta  e romancista, foi também redator de diferentes suplementos literários de  jornais bolivianos. Seu trabalho artístico, político e jornalístico lhe  permitiu dar palestras em diferentes países como Equador, Peru, Chile e  Argentina.  Durán Böger também foi um  pintor autodidata. Expôs suas obras em La Paz e Potosí (1968 e 1980). 
                    
                    
                  TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM  PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.   13,5x19 cm.   
                                                                               Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                  MI ORIGEN Y MI DESTINO 
                         Soy el último descendiente 
                    vertical 
                    de los tomates, 
                    de la mara y del almendro 
                    con raíces profundas, 
                    acariciadas por el Alba. 
   
                    El  territorio de mi sangre 
                    abrazó a la madre 
                    de los torrentes 
                    y se inundaron los vasos 
                    de mis sueños. 
   
                    Por  mis ojos entraron 
                    todas las hidrografías 
                    desplazando 
                    el lugar preferido 
                    de mis padecimientos. 
   
                    Y  con el acero de los símbolos 
                    desgajo angustias 
                    con fibras de poemas. 
   
                    Las  selvas me regalaron 
                    la sonaja de los surazos 
                    galopando potros 
                    de kilómetros. 
   
                    Y  el viento indomable 
                    fue juguete 
                    entre mis manos. 
   
                    ¿No  he de ser entonces 
                    humano — bárbaro — poeta 
                    de la Dicha 
                    que pelea con energías contenidas, 
                    listas para el estallido 
                    germinativo 
                    de ciudades 
                    con una sola puerta fraterna 
                    y la mesa tendida para todos, 
                    lo mismo 
                    que la siembra fructífera 
                    del maíz y del arroz 
                    en la morenas 
                    soledades de mis ríos? 
   
                    Es  inútil contar 
                    la crianza 
                    de mis primeros años 
                    de combate. 
   
                    Pero  ya está 
                    la imagen 
                    del Universo en marcha 
                    con mi destino 
                    constructor. 
   
                    Nací  otro día 
                    del huevo de una bella 
                    colibrí. 
   
                    Fijó el punto móvil 
                    de mi espectro solar 
                    con hélices de estrofas 
                    libres de consonancias. 
   
                    Para  bien 
                    de los hombres 
                    conduzco sobre mis hombros 
                    el pan y el vino 
                    de nuestro tiempo, 
                    para los días sin desayuno 
                    de los pueblos 
                    que despiertan anhelantes 
                    cuando los océanos 
                    de mis cantos 
                    tramontan jubilosos 
                    con la Aurora de Lenin. 
   
                    Es  inútil contar… 
                         Soy  adversario rotundo 
                    del Hambre  
                    y la Miseria. 
   
                    Voy  a reconquistar 
                    el Mundo 
                    de la Paz y del Amor. 
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    Tradução de ANTONIO MIRANDA 
                    
                    
                  MINHA  ORIGEM E MEU DESTINO 
                     
                    
                         Sou o  último descendente 
                    vertical 
                    dos tomates, 
                    da mara e da amendoeira 
                    com raízes profundas, 
                    acariciadas pela Aurora. 
   
                    O  território de meu sangue 
                    abraçou a mãe  
                    das torrentes 
                    e se inundaram os vasos 
                    de meus sonhos. 
   
                    Por  meus olhos entraram 
                    todas as hidrografias 
                    deslocando 
                    o lugar preferido 
                    de meus sofrimentos. 
   
                    E  com o aço dos símbolos 
                    rompo angústias 
                    com fibras de poemas. 
   
                    As  selvas me presentearam 
                    o chocalho dos fogos 
                    galopando potros 
                    de quilômetros. 
   
                    E o vento indomável 
                      era brinquedo 
                      entre minhas mãos. 
   
                      Não hei  de ser então 
                        humano — bárbaro — poeta 
                        da Felicidade que peleja com energias contidas, 
                        prontas para o estouro 
                        germinativo 
                        de cidades 
                        com uma única porta fraterna 
                        e a mesa estendida para todos, 
                        o mesmo 
                        que a semeadura frutífera 
                        do milho e do arroz 
                        nas morenas 
                        soledades de meus rios? 
   
                        É  inútil contar sobre 
                        a criança 
                        de meus primeiros anos 
                        de combate. 
   
                        Mas  já está 
                        a imagem 
                        do Universo em marcha 
                        com meu destino 
                        construtor. 
   
                        Nasci  outro dia 
                        do ovo de uma bela 
                        colibrí. 
   
                        Fixou o ponto móvil 
                        de meu espectro solar 
                        com hélices de estrofes 
                        livres de consonâncias. 
   
                        Para  o bem  
                        dos homens 
                        conduzo sobre meus ombros 
                        o pão e o vinho 
                        de nosso tempo, 
                        para os dias sem o café da manhã 
                        dos povos 
                        que despertam anelantes 
                        quando os oceanos 
                        de meus cantos 
                        atravessam jubilosos 
                        com a Alvorada de Lênin. 
   
                        É  inútil contar… 
                         Sou adversário rotundo 
                    da Fome  
                    e da Miséria. 
   
                    Vou  reconquistar 
                    o Mundo 
                    da Paz e do Amor. 
                    
                  * 
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                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                    
                  Página publicada em julho de 2022 
                    
                
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